Tchau.

Hoje foi dia de muitas risadas, mas para balancear, aborrecimentos também. Aparentemente eu estava muito "estressadinho", perguntaram se eu tava de TPM e estavam me chamando de bruto. Nem sei o porquê, eu tava rindo pra caramba de umas besteiras e na verdade nem ameacei ninguém de nada. Não foi um dia triste como muitos outros, foi relativamente rápido, mas comum.

Relativamente. Não me esqueci de certas coisas que aconteceram hoje, e pretendo não mais esquecer. Sabe quando você chega para uma pessoa e pergunta se está tudo bem, e a pessoa responde daquele jeito 'cai fora'?

Me (é, pronome mimimi no começo de frase) senti na pele dos Outros naquela hora. Porque lá para 2005, eu era o que chamavam de 'rebelde', 'nerd' e 'grosseiro'. Não que tenha mudado muito - porque as pessoas podem simplesmente ter parado de falar - mas sei que antigamente eu era um tanto diferente de agora. Já conversei com uma amiga (ou melhor, ela falou comigo) sobre umas coisas, e gostando ou não, acabei aprendendo uma lição. Eu fazia as coisas por mal, e é óbvio que as pessoas não gostavam disso. As pessoas gostam do que os outros fazem de bom. Pessoas não gostam de pessoas. Pessoas gostam de coisas e ações. E assim seguiu minha vida, um tanto desparafusado, até pouco tempo.

Mas no dia 18 de setembro, recebi uma resposta. Alguém de quem não esperava uma resposta assim. Eu sei que algumas pessoas simplesmente têm dias ruins (e algumas, dias piores ainda). Deixo bem claro que estaria fazendo mimimi demais só por causa de uma resposta. Eu odeio esse tipo de coisa, então quando começo a falar demais, é porque tem motivo. Essa pessoa, a qual eu poderia chamar de 'respondona' agora, era alguém que Papel deveria ser no mínimo, amigo. Sem muitas enrolações, é óbvio a identidade da pessoa.

Anyway, não sou muito frouxo, então agüentei a resposta. A aula continou, até que a pessoa falou comigo de novo, me pedindo algo. Essa pessoa não falava comigo desde quase três semanas atrás (acontecimento marcado e postado aqui no blog como motivo de orgulho). Só agora eu começo a entender as coisas, eu realmente sou devagar nisso. Devolvi o que me pediram com um certo tom de raiva. Até um metido lá do outro da sala deve ter guardado isso como motivo para me zuar depois, nem sei. Só sei que o dia ainda continuava, e eu ainda não tinha 'explodido de raiva', como o metido achava que iria acontecer.

Final da tarde, prova de recuperação de física. Procuro um lugar para me sentar. Ali Fulano, ali Chimbinha, 'a' pessoa. É óbvio que a pessoa nem notou que sentei bem longe, porque sentei na famosa puta que pariu. Lá sempre é longe, mesmo quando se está perto de lá. A prova começou às cinco, tínhamos até as 8:30 para terminar. É, gente burra em colégio particular dá nisso.

Acabei em mais ou menos uma hora e meia, porque fiz sem pressa alguma. De quando em quando - mais do que deveria, na verdade - eu ficava olhando para o outro canto da sala, para ver como a pessoa estava indo. Vale ressaltar que a fiscal era muito inocente, então olhar para lado ou para trás nem era motivo de reclamação. Tal foi que entreguei a prova depois das oito, apenas esperando a tal pessoa sair. Eu revisava o que estava certo, o que estava errado, ria de nada, olhava para os lados. Mas a pessoa é burra MESMO, não tem como demorar mais de três horas numa prova daquela.

Entreguei a prova, e parece que ou o metido estava certo, ou as pessoas de hoje mudaram de costume. Aposto dez reais na primeira opção. Dez na segunda também. Porque quando uns saíam, uns acenavam e comentavam algo. Quando outros saíam, o mesmo não acontecia. Não faço questão que me dêem um 'tchau' na hora de eu ir embora, porque isso é o de menos. Mas quando ninguém nunca faz nada por você, um tchau é o que mais vale no dia.